terça-feira, 24 de julho de 2012

Encontro com o psicólogo



ATA N° 05/2012
Aos vinte e três dias do mês de julho do ano de dois mil e doze, a Creche e Escolinha Arte do Saber recebeu em suas dependências o psicólogo Luis Eduardo Simas, para que dessa forma as dúvidas de nossas profissionais e também das famílias interessadas fossem sanadas. Nosso convidado iniciou falando sobre o desenvolvimento humano da criança até chegar na fase adulta, lembrando que principalmente na primeira infância o ser necessita de cuidados e auxílio para viver. Falou sobre a inserção da criança na vida social, lembrando que a família é a primeira constituição social, vindo logo em seguida, em segundo lugar, a escola. Explanou sobre as diferenças culturais do mundo moderno e dessa forma introduziu o assunto sobre os estímulos proporcionados às crianças através da visualização (tv, anúncios, internet, etc.). Falou que o aumento dos casos de hiperatividade, deu-se pelo aumento de estímulos que a vida moderna proporciona, pois muitas vezes a criança recebe tantos estímulos externos que tem dificuldade de filtrar, apresentando dificuldade de concentração e ação. Falou que os pais costumam procurar ajuda de um psicólogo apenas quando há dificuldades motoras de comportamento (quando a criança não para quieta), mas ressalta que o hiperativo tem dificuldade de direcionar seu pensamento, as vezes pode ser conhecido como a criança "no mundo da lua", ou seja, aquela que se perde nos próprios pensamentos, tentando organizá-los. Explica que todo diagnóstico de comportamento humano depende de longo período de tempo e de várias testagens para que seja preciso. Atenta que precisamos ter cuidado as questões vivenciadas pelas crianças, pois nem sempre os problemas apresentados decorrem de disfunções psicológicas ou neurológicas, pois podem ser comportamentos de resposta a conflitos pessoais (separação de pais, perda de algum familiar, mudança de endereço, etc.). Explica que é necessário prestar atenção nos fatores genéticos, pois 80% das crianças hiperativas possuem pais hiperativos. Respondendo a pergunta dos pais, coloca que quando o déficit de direcionamento de atenção prejudica a aprendizagem, muitas vezes é necessário o uso de medicação e controle de função psicológica e treinamento, sempre com auxílio dos pais e educadoras envolvidas com a criança. A coordenadora Ivete questiona sobre os diferentes comportamentos em ambientes variados, ou seja, a criança que se comporta em sala de aula e não em casa e vice-versa, então Eduardo responde que as crianças assumem diferentes papéis nos diferentes locais onde permanecem. Frisa que é comum que as crianças regridam com os pais, pois lembram da dependência que têm desses e é necessário que as famílias auxiliem as crianças em sua independência e crescimento. O psicólogo falou sobre a importância de colocar limites às crianças e manter as regras mesmo em caso de choro ou birra. Falou sobre a importância do "casal" ou de todos os envolvidos na educação da criança manterem a mesma postura em relação a educação, não gerando divergências que deixam a criança confusa e com fácil manipulação dos pais. Eduardo coloca que se deve partir do ponto que a criança sempre entende as regras, mesmo quando bebê, e que deve ser usada uma linguagem simples, porém firme, fazendo com que ela entenda que houve mudança no tom de voz e por isso houve mudança de comportamento afetivo daquele que está lhe chamando a atenção. Foi colocado que a escola necessita do diagnóstico clínico das crianças com dificuldades comportamentais, para que assim possa trabalhar com metodologias educativas adequadas, por si só o professor, tampouco o pedagogo, consegue saber como lidar com o comportamento de cada criança. Fala que muitas vezes a criança impulsiva age achando que está certa e responde a repreensão de maneira agressiva achando que tinha razão e não entendendo a punição que lhe foi dada e por isso se faz necessário o diálogo franco e simples: a criança sempre deve saber o que está acontecendo, o que fez de errado ou qual regra foi descumprida. Quanto a mentira, Eduardo coloca que é importante que os pais conheçam seus filhos e saibam qual o teor das mentiras contadas, se é medo, fantasia ou maldade. O diálogo aberto entre família e escola se torna de total necessidade. Concluindo o encontro fala que todo ser humano necessita de limite e que limite significa amor através da demonstração do quanto nos importamos com os filhos e lembra que quando a criança não cria uma independência responsável, a vida leva o ser humano a buscar a dependência de algo que lhe traga prazer, como exemplo usa as más companhias e drogas. Finalizando o encontro o psicólogo Eduardo se coloca à disposição para atendimento individual ou coletivo (outro encontro). Sem mais, encerro esta Ata. Lisiane Lopes, Supervisora Pedagógica Arte do Saber.


Um comentário:

  1. Agradecemos a participação da mãe Ana Carina, da mãe Patrícia, da mãe Renata e do pai Júnior, da mãe Cristiane, da mãe Denise e do pai Roberto, da mãe Raquel, da mãe Cíntia, da mãe Cristiane e do pai Adenir, da mãe Elisandra, do pai Rodrigo e da mãe Graziele, da mãe Rosimere, da mãe Suélen e do pai Eraldo, do pai Fernando, da mãe Kátia e do pai Luis Filipe, da mãe Paula e do pai Dirnei, da mãe Lisiane, da mãe Caroline e da mãe Rose Anne

    ResponderExcluir